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Jubileu dos Sacerdotes 2025: informações e programa do evento
18 Junho 2025
Tempo di lettura: 5minuti
Jubileu dos Sacerdotes 2025: quando a Igreja reencontra a sua essência e volta a caminhar
Há momentos na vida de um homem crente em que o coração sente o apelo de regressar à fonte. Quando a voz se eleva em oração, o silêncio torna-se escuta, e até o cansaço se oferece como sacrifício. Para os fiéis de todo o mundo, e, em particular para os sacerdotes, este momento tem um nome: Jubileu. Entre os diversos eventos que marcam o Ano Santo, de 25 a 27 de junho, Roma converte-se num altar aberto ao céu. As suas basílicas receberão presbíteros vindos de todos os cantos do mundo, irmãos no ministério, guardiões de um mistério que atravessa os séculos. Este não será um simples congresso, nem um mero evento. Será uma verdadeira caminhada de fé, um regresso à casa do Pai. Será o Jubileu dos Sacerdotes.
No coração do Jubileu, entre os seus momentos mais intensos, destaca-se o mais silencioso e, simultaneamente, o mais poderoso, porque fala diretamente aos pastores, convidando-os a renascer. Durante esses três dias, Roma deixará de ser apenas cidade:
Será ventre. Será arca. Será cenáculo.
O Jubileu dos Sacerdotes 2025 é um ato de amor. Um apelo a abrandar o passo, a respirar fundo, a recordar o porquê daquele “sim” pronunciado um dia. Um ato de amor, sim, mas não de um amor abstrato ou retórico, mas sim um amor concreto, nascido no esforço de cada dia, e que volta a florescer no silêncio do coração.
É um convite a abrandar, a pousar finalmente a mochila das responsabilidades e a sentar-se, por um instante, sobre as pedras milenares de Roma, como quem repousa num limiar sagrado. É um apelo doce e austero, que murmura ao coração: Lembras-te do primeiro olhar?
Do primeiro altar? Daquele dia em que, diante de Deus e dos homens, disseste “sim” com tudo o que eras… e com tudo o que ainda nem sabias que serias?
Respirar transforma-se em oração. O tempo deixa de ser corrida e torna-se trégua. Trégua com as próprias fragilidades, com as esperanças adiadas, com as perguntas que ainda não encontraram resposta. Neste tempo suspenso, entre uma liturgia e um abraço, cada sacerdote poderá voltar a escutar a voz que um dia o chamou, a fonte de uma vocação que nunca foi simples escolha humana, mas um dom recebido, mistério acolhido no silêncio do coração.
Porque o sacerdócio é como um canto antigo que habita no mais íntimo, mesmo quando o mundo silencia. E o Jubileu é precisamente isto: o lugar onde esse canto pode voltar a soar límpido, intacto, cheio de força. Um espaço onde se redescobre a beleza do ministério, não como fardo, mas como dom. Não como função, mas como missão.
As datas do Jubileu estão marcadas no calendário, mas o encontro que transforma a vida não obedece ao relógio: acontece por dentro.
E quem se deixar tocar por essa luz, regressará diferente. Mais leve. Mais pleno. Mais padre.
O programa do Jubileu de 2025 inicia-se com os passos dos seminaristas que, no dia 23de junho chegarão à Basílica de São Paulo Fora dos Muros como filhos que se aproximam da casa do Pai.
Ali serão acolhidos com cânticos e luz, com a recitação do Rosário e um concerto sob a direção de Monsenhor Frisina. Uma vigília luminosa para aqueles que ainda caminham rumo ao altar.
Depois, no dia 24 de junho, atravessarão a Porta Santa da Basílica de São Pedro, guiados pela voz do Papa Leão XIV. Será a sua primeira peregrinação oficial, composta por catequeses e missas celebradas nas igrejas de Roma, em todas as línguas do mundo, como sementes lançadas ao vento.
Mas o coração do Jubileu dos Sacerdotes começa no dia 25 de junho. É o dia em que a Igreja-mãe estende os seus braços para abraçar bispos e sacerdotes. Na majestosa quietude do Braço de Constantino, reúnem-se pastores vindos de longe, prontos para atravessar a Porta Santa e celebrar, às 10h30, a Eucaristia no Altar da Cátedra, sob a abóbada de São Pedro.
À tarde, o ambiente torna-se íntimo e coral: nas igrejas de Roma, realizam-se catequeses específicas, organizadas por língua e proveniência, encontros de palavra e escuta, perguntas e bênçãos. Pequenos cenáculos dispersos pelas ruas de Roma.
No dia seguinte, quinta-feira, 26 de junho, talvez o mais intenso.
Às 9h30, a Celebração Eucarística na Basílica de São João de Latrão, presidida pelo Cardeal Lazzaro You, acende o coração do dia.
Segue-se o peregrinar. Um lento e silencioso caminhar rumo às quatro Basílicas Papais.
Das 11h00 às 18h00, entre confissões e percurso, os sacerdotes tornam-se peregrinos da misericórdia, portadores do perdão que diariamente concedem aos outros.
E, por fim, a noite.
Uma vigília vocacional na Praça de São Pedro, sob o céu romano, conduzida por Monsenhor Fisichella.
Um momento de silêncio, como uma câmara secreta no coração do tempo.
Por fim, chega a sexta-feira, 27 de junho. O dia do Coração.
O Sacratíssimo Coração de Jesus, festa tão querida pelos presbíteros, sela o Jubileu com uma celebração que exala o perfume do recomeço.
Na Praça de São Pedro, o Papa Leão XIV presidirá à Missa e às ordenações presbiterais.
A Igreja olha-se ao espelho: os sacerdotes que renovam a sua consagração e os jovens que, pela primeira vez, pronunciarão o sim definitivo.
Uma ponte de mãos estendidas entre quem já caminhou e quem agora inicia a sua jornada.
Mas o Jubileu dos Sacerdotes não se esgota nas suas datas, nem vive apenas no programa. Vive nos olhares, nos apertos de mão, nas palavras sussurradas entre os bancos, nas lágrimas partilhadas diante do Tabernáculo.
Cada sacerdote será chamado a trazer a sua história, as suas fadigas, as suas vitórias secretas, as suas noites sem respostas.
E, em troca, receberá a força do “nós”: essa comunhão invisível que faz de tantos homens um só Corpo.
Também a solidariedade se torna parte do caminho: uma contribuição simbólica de 50 euros, não obrigatória, mas vivamente recomendada, ajudará a permitir a participação dos seminaristas mais desfavorecidos.
Uma pequena semente de amor que germinará noutra vida.
As inscrições para os eventos do Jubileu mantêm-se abertas até 20 de abril de 2025, através do site oficial.
A entrada nas celebrações é gratuita; para concelebrar, basta efetuar reserva junto do Gabinete das Celebrações Litúrgicas do Papa.
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